quarta-feira, 4 de julho de 2007

Personalidades Perturbantes

Mark E. Smith - The Fall

Mark E. Smith é The Fall e The Fall é o reflexo da personalidade perturbada e perturbante deste músico britânico nascido em 5 de Março de 1957. A vida de Smith e a biografia dos The Fall são unas e praticamente indivisíveis.

No ano de 1976 funda os The Fall na mesma Manchester dos Joy Division, o nome da banda é inspirado pela obra do filósofo existencialista argelino Albert Camus. Em 30 anos o único elemento comum à banda tem sido Smith e os altos e baixos criativos dos The Fall estão directamente associados aos casamentos e outros episódios da sua vida.

Caos, desordem, cinismo e instabilidade são palavras indissociáveis da imensa e compulsiva discografia dos The Fall que tem como referências os Kinks, Velvet Undergroun e Can. Nunca tendo atingido os patamares de notoriedade dos seus vizinhos de Manchester os The Fall cairam desde cedo nas boas graças de John Peel, famoso radialista da Radio One responsável pelas famosas Peel Sessions por onde, ao longo de várias décadas, passaram quase todos os grandes nomes do pop rock mais alternativo. Peel foi um dos fãs mais acérrimos da banda e esta foi uma das que mais vezes participou no programa, ao ponto de Mark ter considerdao em entrevista ao próprio John Peel que ele era obcecado pela banda.

A personalidade complicada e conflituosa de Mark E Smith aliada à forma compulsiva como foram editando discos reflectiu-se em constantes trocas de editora: Resurgent, Step Forward, Rough Trade, Chaos, Beggars Banquet, Fontana, Matador, Permanent, Cog Sinister, Artful ou Hip Priest são apenas alguns dos selos que carimbaram álbuns da banda. O período de ligação à Beggars Banquet corresponde à fase de maior estabilidade na vida sentimental de Smith - o seu casamento com Laura Elise Smith, e consequentemente a um dos pontos altos em termos de produção musical. Alguns dos melhores álbuns da banda como "The Wonderful and Frightening World of The Fall", "Bend Sinister" e "The Frenz Experiment" são desta fase.

O divórcio entre ambos trouxe a instabilidade de volta à vida de Mark e à discografia dos The Fall que foram alternando entre o razoável e o medíocre. Em 2001 novo casamento com Eleni Poulou, também ela passou a fazer parte da banda e nova fase de estabilidade no processo criativo da banda e do músico com o ponto alto no trabalho dos The Fall de 2007 "Post Reformation TLC" e na colaboração com os Mouse on Mars: o projecto Von Sudenfed e o magnífico álbum, também de 2007 "Tromatic Reflexxions".

Entretanto Mark lançou dois álbuns de spoken word e participou no filme "24 Hours Party People" que conta a história da lendária editora de Machester: a Factory.

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1 comentário:

Anónimo disse...

que todos fossem assim tao perturbantes... parabens pelo blog.. ando sem tempo mas acabo por m perder pela cultura musical..bjinhos sol