Ontem lia no sitío da 4AD que os Cocteau Twins ganharam um galardão na cerimónia anual promovida pela revista Q, no cado o prémio "Q Inspiration". No mesmo artigo vem uma afirmação da (ex-)vocalista Elizabeth Frazer dizendo "este foi o primeiro prémio que a banda alguma vez ganhou". Até aqui nada de novo ou estranho, não fora o facto de a banda ter cessado as suas actividades há mais de 10 anos. É óbvio que estes prémios, e outros do género, valem o que valem, mas, ainda assim, é caso para dizer: antes tarde que nunca, se bem que o melhor prémio que alguma vez poderão receber é o reconhecimento unânime junto de críticos e fãs do seu legado na história da música alternativa.
Formados em Grangemouth, Escócia, em 1979, por Elizabeth Fraser (voz), Robin Guthrie (guitarra) e Simon Raymonde (baixo), os Cocteau Twins rapidamente se mudaram para Londres, onde se afirmaram na cena musical mais alternativa devido à sua sonoridade original, incomparável e psicadélica. Características suficientes para chamar a atenção de Ivo Watts Russel e da sua nóvel 4AD. Um casamento perfeito já que, por um lado, a banda preenchia todos os requisitos de Russel e, por outro, a editora estava feita à medida dos Cocteau Twins que se viriam a tornar uma das imagens de marca da 4AD, sendo hoje praticamente impossível referir uma sem que haja uma imediata associação à outra.
"Treasure" foi o terceiro álbum de originais da banda e o mais psicadélico de todos. Sobre os ritmos inconfundíveis de uma drum machine ouvimos sons de guitarra ora zangados ora excitantes, baixos de embalar e a angelical voz de Liz Frazer a sussurrar palavras incompreensíveis, criando imagens sonoras abstractas capazes de apelar aos diversos sentidos: enevoadas à visão, doces ao paladar, perfumadas ao olfacto, escorregadias ao tacto e hipnóticas ao ouvido. Um universo muito próprio e característico cheio de misticismo que já havia resultado em dois álbuns e que ainda renderia mais um punhado de excelentes momentos.
Formados em Grangemouth, Escócia, em 1979, por Elizabeth Fraser (voz), Robin Guthrie (guitarra) e Simon Raymonde (baixo), os Cocteau Twins rapidamente se mudaram para Londres, onde se afirmaram na cena musical mais alternativa devido à sua sonoridade original, incomparável e psicadélica. Características suficientes para chamar a atenção de Ivo Watts Russel e da sua nóvel 4AD. Um casamento perfeito já que, por um lado, a banda preenchia todos os requisitos de Russel e, por outro, a editora estava feita à medida dos Cocteau Twins que se viriam a tornar uma das imagens de marca da 4AD, sendo hoje praticamente impossível referir uma sem que haja uma imediata associação à outra.
"Treasure" foi o terceiro álbum de originais da banda e o mais psicadélico de todos. Sobre os ritmos inconfundíveis de uma drum machine ouvimos sons de guitarra ora zangados ora excitantes, baixos de embalar e a angelical voz de Liz Frazer a sussurrar palavras incompreensíveis, criando imagens sonoras abstractas capazes de apelar aos diversos sentidos: enevoadas à visão, doces ao paladar, perfumadas ao olfacto, escorregadias ao tacto e hipnóticas ao ouvido. Um universo muito próprio e característico cheio de misticismo que já havia resultado em dois álbuns e que ainda renderia mais um punhado de excelentes momentos.
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