A vida de quem pretende organizar eventos já não é fácil: cachets, publicidade, licenças e outras burocracias. No caso de quem se predispõe a organizar eventos em áreas mais alternativas, muitas vezes sabendo que não vai haver lucro e até que os riscos de se perder algum dinheiros são elevados, ainda mais dificil se torna. É tudo feito por amor à causa, com muito empenho e dedicação e a verdade é que esse tipo de eventos é imprescindível à nossa agenda cultural. Como se já não bastassem todas estas dificuldades, inerentes ao facto de sermos um mercado pequeno, muitas destas pequenas entidades promotoras ainda têm de se haver com as pressões e chantagens de associações corporativas como a SPA, pedindo exorbitâncias pelos direitos de autor de artistas e projectos que muitas vezes nem sequer representam e cujas verbas vão parar direitinhas aos bolsos dos executivos da SPA e dos artistas com maior airplay nas nossas rádios, tudo isto num clima de completa impunidade, porque a SPA é uma entidade privada e como tal não pode substituir o papel regulador do estado, muito menos à força de chantagens e pressões.
A Amplificasom é uma dessas promotoras que nos últimos anos muito tem contribuído para o enriquecimento da oferta de concertos de qualidade em áreas mais alternativas. Fazendo-o com um elevado grau de empenho e dedicação. Ontem deparei-me com o seguinte desabafo publicado no blog e num tópico do Fórum Sons:
Fica também aqui o link para uma petição online cujo objectivo é exactamente o de clarificar o papel das entidades que se encarregam de fazer a cobrança dos direitos de autor e direitos conexos: http://www.petitiononline.com/abzhp/petition.html
E à malta da Amplificasom fica um forte abraço de solidariedade e um pedido para que continuem a fazer o que tão bem vêm fazendo, sem cederem a chantagens.
A Amplificasom é uma dessas promotoras que nos últimos anos muito tem contribuído para o enriquecimento da oferta de concertos de qualidade em áreas mais alternativas. Fazendo-o com um elevado grau de empenho e dedicação. Ontem deparei-me com o seguinte desabafo publicado no blog e num tópico do Fórum Sons:
Olá a todos,Serve o presente para me solidarizar com a malta da Amplificasom, e para ajudar a desmascarar as práticas ilícitas de entidades como a SPA e a forma impune como as continuam a praticar, prejudicando artistas, bandas, promotoras e desmotivando quem de facto faz da música um espectáculo e uma paixão.
É neste dia chuvoso e triste que vos decidimos escrever, temos algumas coisas para partilhar convosco.
Como muitos de vocês sabem, a Amplificasom apenas surgiu pela enorme vontade que tanto eu como o Jorge tínhamos (e temos) em ver as nossas bandas preferidas aqui na nossa cidade, no nosso país. Quem repara na relação preço dos bilhetes/ qualidade das bandas e no facto da Amplificasom não ter qualquer tipo de apoio, fundos ou patrocínios sabe que apenas dependemos da bilheteira e que ao fim da noite, com todas as despesas e responsabilidades, seria impossível ganhar o que quer que fosse. Mesmo que ganhassemos, duvido que pagasse todo o nosso empenho e dedicação, MAS infelizmente nem todos estamos no mesmo caminho, nem todos estamos nisto pela MÚSICA.
É com revolta e frustração que vos informamos que uma tal organização prevista na lei e que se auto denomina como protectora dos direitos de autor exigiu licenças para os próximos concertos da Amplificasom. Não somos incumpridores, não queremos o mundo à nossa maneira, mas a partir do momento em que uma licença para um concerto custa mais do que o cachet da banda então é porque algo está errado e devia ser revisto. Essa tal organização privada tem uma maneira de trabalhar bastante duvidosa e apesar de ser contestada por muitos não há maneira de os fazer parar. Quem está no meio sabe que bandas como os A Storm of Light (que sábado deram um concertaço enorme), por exemplo, nunca receberão um tostão relacionado com os direitos de autor, todo esse dinheiro vai para os "chicos fininhos" deste país e sabe-se lá mais para quê. Enfim, não me vou adiantar muito mais até para não vos maçar. Quero-vos apenas relembrar que nós na Amplificasom AMAMOS E RESPIRAMOS música, estamos nisto pelo som e as bandas são sempre a nossa prioridade, simplesmente não fazemos milagres (se calhar até já fizemos alguns) e sendo assim temos algumas alterações para vos anunciar:
- Os bilhetes para This Will Destroy You terão um preço mínimo de 10€ e não 8€ como estava estipulado (lá está, temos que tirar uma licença mais cara do que o cachet e ao mesmo tempo não aumentar muito o preço pois vocês não têm culpa). Quem já reservou, sintam-se livres para cancelar, quem ainda não reservou e tenciona ir então reservem-no o mais breve possível.
- Nós e a Lovers decidimos cancelar o concerto de Jarboe + Black Sun. É impossível garantirmos todas as condições que alguém como a ex-Swans merece e depois ainda pagarmos a treta do costume. Esqueçam, neste campeonato não dá.
- Desde a passada quinta-feira que temos confirmado um daqueles concertos pequenos mas gostosos para o dia 5 de Maio. Com a desmotivação que estamos, hoje não teríamos acordado trazê-los cá nem marcado cinco datas ibéricas, mas agora já lhes demos a nossa palavra e contamos convosco para que corra bem. É uma banda de pós-metal da Relapse, daremos mais novidades no blog dentro de dias.
- É provável que o concerto dos suecos Kongh (16 de Maio) seja o último durante algum tempo. Estamos cheios de ideias para o futuro, projectos com malta com a qual nos identificamos e até temos concertos já confirmados para Outubro, mas hoje sentimo-nos amargos e traídos depois de tudo o que temos dado e feito pela música ao vivo nesta cidade. Bem, logo se vê...
Até breve.
Abraço,
André e Jorge (Amplificasom)
Fica também aqui o link para uma petição online cujo objectivo é exactamente o de clarificar o papel das entidades que se encarregam de fazer a cobrança dos direitos de autor e direitos conexos: http://www.petitiononline.com/abzhp/petition.html
E à malta da Amplificasom fica um forte abraço de solidariedade e um pedido para que continuem a fazer o que tão bem vêm fazendo, sem cederem a chantagens.
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