Já era um ouvinte atento do género, mas nos últimos tempos a minha atenção sobre o assunto aumentou, tal como a minha curiosidade. São os resultados dessa curiosidade que aqui deixo de forma sintética.
IDM é música electrónica mas não é, no essencial, para dançar. É, sobretudo, música para ouvir, pensar, reflectir, meditar. Nascida nos finais da década de 80, resulta da fusão entre a música techno tocada nas pistas de dança e o downtempo tocado nos espaços de chill-out e uma elevada dose de experimentalismo resultando em algo muito próximo de um “free jazz electrónico”.
Diversos estudos sobre inteligência artificial serviram de base teórica à IDM. Os seus produtores utilizam sequenciações sonoras que provocam uma maior estimulação cerebral e a sua audição toca, em simultâneo, a emoção e a percepção. É um género cerebral, abstracto e artisticamente complexo pelo que implica um elevado grau de disponibilidade intelectual.
Caracterizando-se pelo uso de sons estranhos, samples obscuros, batidas nem sempre temporizadas, com uma construção rítmica que vai contra tudo o que está convencionado ou estabelecido a IDM tem uma fronteira muito ténue com muitos outros géneros de música electrónica: desde o jungle ao minimal, passando pelo techno ou pelo ambient, apesar disso o género é vulgarmente encarado como marginal pela larga maioria da comunidade ligada à música electrónica. Ainda assim é um género abrangente , pelo que podemos encontrar, com o rótulo IDM, desde sonoridades mais suaves e ambientais até ao mais puro ruído experimental.
Entre os pioneiros da IDM encontramos Richard D. James, mais conhecido por Aphex Twin e Autechre e a editora britânica Warp. Foi esta editora, a Warp Records, que em 1992 lançou a seminal colectânea “Artificial Intelligence” que agrupava temas de Autechre, B12, The Black Dog, Aphex Twin ou The Orb, esta colectânea juntamente com os álbuns “Selected Ambient Works 85-92” de Aphex Twin, “Incunabula” de Autechre, “Bytes” de Black Dog ou ”Electro-Soma” de B12 foram os pontas de lança de um movimento que ainda hoje se mantém produtivo, inovador e na vanguarda da música eletrónica.
Boards of Canada, Ochre, Telefon Tel Aviv, Dntel, Amon Tobim, Apparat, Monolake, HIA, Proem, Bola, Plaid, Two Lone Swordsmen, μ-ziq ou Mouse on Mars são outros dos projectos a ter em conta e obrigatórios de ouvir dentro do universo da IDM.
Wikipedia
domingo, 3 de junho de 2007
IDM - Intelligent Dance Music
Postado por João Nunes às 23:42
Marcadores: aphex twin, autechre, idm, Warp
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5 comentários:
Bom artigo. De quem é a música dos porquinhos? :)
Desconhecia este termo técnico para este genero de música. O artigo está muito bom... e Aphex Twin rocka muito!!!
Abraço do Viktor Kintela do forúm Blitz.
Belo cantinho que arranjou aqui caríssimo João!
Este post chamou-me a atenção, juntamente com as faixas que tens no player. Se me permites, vou deixar aqui 2 sugestões, que julgo pertencerem a este "quadro":
Laurent Garnier - Barbituric Blues
Der Dritte Raum - Aquamarine
Abraço!
Marco
Muito bom Parabens pela pesquisa...
keep the good vibes alive.
Já agora:
http://www.youtube.com/watch?v=tWGc5v0v0Oo
http://www.youtube.com/watch?v=XesEuvwVjYI
http://www.youtube.com/watch?v=0wXVnnNzob4
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