Victor Afonso, ou Kubik, é um músico multi-instrumentista da Guarda, galardoado pelo jornal Público em 2005, que conta já com diversos discos editados (entre os quais se contam edições nas netlabels Test Tube e MiMi Records - este último que contou com referência aqui) para além de alguns concertos extra-muros, nomeadamente em cidades como Madrid, Barcelona e Londres e convites para musicar filmes mudos de Luís Buñuel, René Clair e mais recentemente, no âmbito do Festival Escrita na Paisagem, o filme "A Felicidade" do cineasta russo Alexander Medvedkine. Foi este projecto o motivo da sua presença, esta noite (dia 27), na FNAC, em Coimbra. Para apresentar a sua visão sonora desta comédia dramática, surrealista e provocadora de 1934, que ousou criticar o, então, jovem regime bolchevique.
Quem já teve algum contacto com a música de Kubik sabe que ela é essencialmente imagética, daí que o resultado deste trabalho não sendo propriamente surpreendente é, ainda assim, magistral. Fazendo uso do seu laptop e de um vasto arsenal de instrumentos musicais: guitarra, concertina, flauta, harmónica, e mais alguns que não corros o risco de designar por não saber ou ter receio de errar, Kubik capta e transmite na perfeição a essência e os ritmos do filme, sendo a sua banda sonora um complemento perfeito a uma narrativa que joga com as constantes reviravoltas nas relações entre as pessoas e os seus interesses, as suas forças e as suas fraquezas.
Em conversa com o Victor, no final da projecção, tive oportunidade de saber que ele conta levar este projecto a mais algumas salas deste país, pelo que aconselho, vivamente, a que estejam atentos e se puderem não percam. Mais uma vez: parabéns Victor.
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Quem já teve algum contacto com a música de Kubik sabe que ela é essencialmente imagética, daí que o resultado deste trabalho não sendo propriamente surpreendente é, ainda assim, magistral. Fazendo uso do seu laptop e de um vasto arsenal de instrumentos musicais: guitarra, concertina, flauta, harmónica, e mais alguns que não corros o risco de designar por não saber ou ter receio de errar, Kubik capta e transmite na perfeição a essência e os ritmos do filme, sendo a sua banda sonora um complemento perfeito a uma narrativa que joga com as constantes reviravoltas nas relações entre as pessoas e os seus interesses, as suas forças e as suas fraquezas.
Em conversa com o Victor, no final da projecção, tive oportunidade de saber que ele conta levar este projecto a mais algumas salas deste país, pelo que aconselho, vivamente, a que estejam atentos e se puderem não percam. Mais uma vez: parabéns Victor.
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3 comentários:
Obrigado pelo teu comentário!
É sempre bom sentir o apoio e o feedback positivo por parte de quem me vê e ouve. É um grande estímulo para continuar o meu trabalho.
Forte abraço!
Victor Afonso
KUBIK
Ainda só tive o prazer de ouvir as suas bandas sonoras para o Bunuel e o René Clair, mas não me importava nada de receber outra vez aqui em Portalegre o Kubik, e o seu alter-ego, o Vítor :), com quem é um prazer conversar sobre tudo...
Não me canso de dizer como eu gostava de ter visto isso. Vai mesmo ter que ficar para outra altura.
Excelente texto também.
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